Essa indiferença que sufoca.
Marionetes de uma comédia de bufões.
Protagonizo um parco espetáculo, um tanto quanto opaco.
Ocioso e cioso de tí, busco a força numa fresta,
onde tantas veze me escondi.
Pequena e insolúvel tristeza.
Dona de campos cinzas e céus vermelhos.
Nunca te amarei por não seres indefesa.
Teus olhos, espelhos d'alma,
me guiam por caminhos tortuosos e estreitos.
Tal como Diana com seu chicote,
domina meus sentidos que temerosos te espiam.
Vá flor da manhã, ave de migração.
Leva contigo a angústia de quem percebe
que errou de geração.
Luiz Sergio Neto
Luiz, neste poema, revela com extrema sensibilidade o retrato de uma geração em busca de sua identidade.
ResponderExcluirSOPHIA