quarta-feira, 17 de junho de 2009

No fio do bigode


Sempre te amarei, respeitarei e honrarei. Suas cores vestem meu coração e me dão tudo que desejo ter. Chega das mentiras, tolices e enganos que por ventura viemos a ter. O que importa é que comigo é tudo às claras, um livro aberto com um índice que você insiste em não consultar. Veja você, muitas vezes enganado por mostrar quem sou, nunca duvidei da honestidade do seu voto, do seu desejo de ser quem sou. Isto é: muitas vezes queremos ser quem mais tememos afinal, o poder da inveja e a inveja do poder é incontrolável. Fiz e faço há tanto tempo o que muitos fizeram antes de mim, mas tenho decoro, tenho respeito por ti, o faço em segredo. Nunca te enganei, nunca dissimulei, respeitei sua inteligência, mas pior cego é o que não quer ver.
Hoje me apontas o dedo em riste, o mesmo que usaste para me escolher tantas vezes. Tal como um César, mas ao invés de um polegar, um indicativo das suas reais intenções. Não acredite em quem declara neste país em que não só os honestos declaram. Aqui, onde todos declaram, afirmam, apuram, levantam, denotam, poucos respeitam a democracia do silêncio,de em respeito à ti, agir em segredo. Onde tantos desvios ocorrem, sou uma linha reta há muito tempo. Nunca mudei minha forma de agir por conveniência do aplauso fácil. Não! Acredito que o importante é valorizar a coerência e o compromisso que assumi com meu finado pai: sempre cuidar da família. Afinal, todos conhecem e compartilham deste valor tão caro à sociedade brasileira. A família é a base de tudo, é o que me faz e me fez ser quem eu sou e por isso, neste momento tenho que demonstrar meu reconhecimento a quem tanto me deu, mas de forma justa, oferecendo trabalho, pois sempre acreditei que mais importante do que dar o peixe, o principal é dar a chance da pessoa poder abrir a sua própria peixaria ou rede de TV.
Não tenho medo da opinião pública, afinal muitas vezes também tive as minhas opiniões publicadas e reconhecidas por instituições muito mais sérias do que os descartáveis jornais de plantão. Não, nada disso, prefiro apoiar minhas opiniões em autoridades de altas patentes que vestiram e vestem fardas e fardões. Estes sim, contam para mim, pois ao contrário de meios de comunicação sazonais, sempre estiveram comigo.
Por isso, neste momento de teste para a nossa democracia, eu lhes peço, brasileiros e brasileiras: acreditem nas instituições, não embarquem na onda de novatos e novidadeiros, fiquem com a segurança de quem vocês conhecem e sabem o que faz há muito tempo. Afinal 40 anos de vida pública não se varre para baixo do tapete, mas sim se protege de bisbilhoteiros embaixo de um voto secreto. E é só isso que lhes peço, o decoro de um voto secreto de confiança para podermos continuar trabalhando, eu e minha família para o enriquecimento da sua. Ou vice-e-versa.

Obrigado.
Luiz Sergio Neto

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